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Portugal baixa para novo mínimo histórico a sua dependência energética do exterior A dependência energética que Portugal tem do exterior voltou a recuar no ano passado, cifrando-se em 71%, segundo os últimos dados publicados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). É um novo mínimo histórico na série de resultados publicados pela DGEG desde 1995. De acordo com a DGEG o nível de dependência energética de Portugal face ao exterior caiu de 73,7% em 2013 para 71% em 2014. E, segundo a mesma entidade, isso "deveu-se sobretudo à redução das importações de gás natural e petróleo, resultante da redução de consumo no sector energético". A dependência energética de Portugal tem vindo a recuar na última década. O indicador rondava os 89% em 2005, assumindo uma trajetória de queda até 2010, quando chegou a 76,1%. Em 2011 o índice voltou a subir, para 79,4%, nível que manteve em 2012, para em 2013 e 2014 descer para os patamares mais baixos em pelo menos duas décadas. O balanço que a DGEG acaba de publicar relativamente ao ano 2014 indica que no ano passado o consumo de energia primária, que é a que é usada diretamente ou sujeita a transformação para outras formas energéticas (como, por exemplo, o uso de carvão para produzir eletricidade), baixou 4,7%, para 21,4 milhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP). Já o consumo de energia final, em que se exclui, por exemplo, o consumo necessário para obter outras formas de energia, observou uma queda de 2,3% no ano passado, para 15,7 milhões de TEP. No consumo de energia final em Portugal em 2014 o petróleo manteve a posição dominante, com um peso de 55,1%, seguido da eletricidade, com 26,9%. O gás natural assumiu um peso de 10,7% e a biomassa representou 5,9% do consumo de energia final. Segundo dados que a DGEG já tinha divulgado no início de maio, em 2014 Portugal registou importações de produtos energéticos no valor de 10,4 mil milhões de euros (menos 9,5%) do que em 2013. As exportações (que incluem, entre outros produtos, eletricidade, gás natural, biomassa, mas, sobretudo, produtos petrolíferos refinados) recuaram 10,8%, para 4,7 mil milhões de euros. O que se traduziu num saldo importador de 5,7 mil milhões de euros, o mais baixo dos últimos quatro anos. Fonte: Jornal Expresso (01/07/2015)
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